
No primeiro dia de disputa da Copa do Mundo de Judô de São Paulo, realizada neste sábado (29) no ginásio da Hebraica, o Brasil faturou seis medalhas, sendo duas de ouro, uma de prata e três bronzes. As medalhas de ouro foram conquistadas por Sarah Menezes (-48kg) e Bruno Mendonça (-73kg). A prata ficou com Taciana Lima (-48kg) e os bronzes com Felipe Kitadai (-60kg), Felipe Phelim (-60kg) e Luiz Revite (-66kg). A Copa do Mundo de São Paulo continua neste domingo (30), a partir das 9h30min. Serão disputadas as categorias -70kg, -78kg, +78kg, -81kg, -90kg, -100kg e +100kg.
A Copa do Mundo de São Paulo conta pontos para o ranking mundial e olímpico da Federação Internacional de Judô. Neste ano o evento bateu todos os recordes e se transformou na maior Copa do Mundo já realizada no Brasil. São 319 judocas de 37 países em ação. A medalha de ouro vale 100 pontos na lista, a prata 60 e o bronze 40. Cerca de 4 mil pessoas lotaram o ginásio da Hebraica e empurraram os brasileiros na competição.
O primeiro ouro brasileiro neste sábado veio numa final verde-amarela. Numa reedição da final da Copa do Mundo de Belo Horizonte 2009, Sarah Menezes superou Taciana Lima por ippon. A judoca, duas vezes campeã mundial sub-20, ressaltou a importância de uma dobradinha brazuca no pódio.
"Levar mais de uma atleta para o pódio é sempre especial para qualquer país, principalmente numa competição em casa. Sempre entro para lutar com muita raça e determinação. Serão pontos fundamentais para seguir entre as judocas mais bem colocadas no ranking mundial, principalmente agora que começou também a classificação olímpica", diz Sarah Menezes, que antes da final bateu por ippon a medalhista olímpica Paula Pareto, da Argentina.
Na categoria leve, Bruno Mendonça faturou seu primeiro título numa copa do mundo. Revelado em Santos, o judoca após a conquista recebeu os parabéns do campeão olímpico Rogério Sampaio.
"O Rogério é o mestre, tenho muito o que aprender com ele. Luto numa categoria que por anos foi dominada com excelência pelo Leandro Guilheiro e estou fazendo minha parte, evoluindo e buscando meu espaço. Estou muito feliz com o resultado", afirma Bruno Mendonça, que na final bateu o russo Mansur Isaev, quarto colocado no ranking mundial. A arbitragem eliminou o russo por golpe inválido.
Ter sido superada por uma brasileira na final da categoria ligeiro não fez Taciana Lima ficar menos triste. Para a judoca, o importante é seguir buscando medalhas.
"Uma final brasileira é sempre especial, mas, mesmo tendo conquistado a prata, fica o gostinho da derrota. Acho que fiz uma boa competição e agora é seguir trabalhando visando outras medalhas", diz Taciana.
Os bronzes conquistados pelo Brasil foram literalmente chorados. Felipe Kitadai, Felipe Phelim e Luiz Revite caíram em lagrimas com a medalha. Cada um tinha um motivo especial
"Venho há tempos batendo na trave em grandes eventos e, finalmente, a medalha veio. Nunca tinha sentido algo como o que senti hoje, de vencer diante da torcida brasileira, na minha cidade, com meus familiares. É muito importante para a categoria ligeiro esses pontos", disse, muito emocionado, Felipe Kitadai, que superou na disputa de bronze o finlandês Valtteri Jokinen por ippon.
"Nessa hora passa um filme na cabeça, de todos os treinos e momentos difíceis que passamos. Mas é um choro delicioso, quero chorar assim muitas vezes", continuou Luiz Revite. Na disputa de bronze, Revite bateu o experiente Leandro Cunha, também do Brasil, por ippon.
Felipe Phelim destacou a força da nova geração do judô brasileiro
"O nosso judô produz muitos judocas todo o tempo. Tem muita gente da nova geração que tem capacidade de conquistar grandes resultados. Dei o melhor de mim na Copa do Mundo e sei que ainda é preciso trabalhar muito. Mas com o apoio que recebemos atualmente é possível sonhar alto", conta Felipe.
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