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domingo, 24 de outubro de 2010

Faca na caveira! Policial do Bope lutou neste ultimo sábado





Paulo Thiago explica como concilia os serviços com seu batalhão e os treinos de vale-tudo










Número sete do mundo no ranking de sua categoria (77 kg), o brasiliense Paulo Thiago realizou o sonho de todo lutador de vale-tudo: assinou contrato com o maior evento de lutas, o UFC.

Paulo - que estreou no octógono invicto e com dez vitórias - tem um cartel de 13 triunfos e apenas duas derrotas (todas elas por pontos).

O reconhecimento por seu talento ficou claro ao ser escalado para lutar no UFC 121, neste sábado (23), quando fará uma das três lutas principais do evento que conta com a disputa de título dos pesos pesados.

Durante os preparativos finais para o duelo contra o americano Diego Sanchez, Paulo deu um tempo nos treinos e conversou com exclusividade com o 
R7.





R7 - Como e porque você decidiu iniciar no MMA?
Paulo Thiago -
 Eu treino artes marciais desde os 5 anos; judô, taekwondo e caratê. Aos 14 anos eu comecei no jiu-jitsu e dois anos depois eu comecei no boxe. Fui competindo nas duas modalidades até que, em 2005, surgiu a chance de lutar MMA.

R7 - São poucos os atletas de Brasília que se destacam no esporte. Como você realiza seus treinamentos na cidade? Tem uma equipe grande, com bom material humano?
Paulo Thiago -
 Tenho sim. Minha equipe é a Constrictor Team, que tem vários atletas. Um deles é o Rani Yahia, que luta no WEC, a divisão dos leves do UFC. E tem vários outros atletas do cenário nacional; Massa, Moica, além de vários outros que estão chegando. Além da equipe, eu faço intercâmbio sempre que posso. Rio de Janeiro, EUA, e quero passar um tempo com o professor Dórea (ex-treinador de Popó), na Bahia, e afiar o meu boxe.

R7 - O que você espera da luta contra o Diego Sanches?
Paulo Thiago -
 Ele é muito duro, se movimenta e dá muito giro. O ponto alto dele é a condição física. Mesmo ele sendo completo e forte em todos os fundamentos, o ponto alto dele é mesmo o preparo físico. Eu espero uma luta difícil, ainda mais que os dois vêm de derrota, é uma pressão a mais que vira motivação

R7 - Já tem a tática da luta definida?
Paulo Thiago -
 Então, a tática é tentar anular o ímpeto dele de dar muito giro. To preparado pra enfrentar ele em qualquer situação.

R7 - Qual a sua especialidade no MMA?
Paulo Thiago -
 Minhas especialidades são o Muay Thai e Jiu-Jitsu.

R7 - Qual sua rotina no Bope? Como consegue dividir os treinos com o trabalho?
Paulo Thiago -
 Eu trabalho normalmente. Estou representando a minha corporação e meus superiores admiram e apoiam. Quando luto, represento a PM e o Bope no exterior, eles reconhecem isso. Quando estou próximo das lutas, eles me liberam pra treinar e lutar. Assim vou tocando....

R7 - O trabalho do Bope de Brasília é similar ao do Bope do Rio de Janeiro?
Paulo Thiago -
 A diferença são as cidades, mas o treinamento é o mesmo. A questão é que o Rio é mais violento. Todos os grupos de operação são parecidos, a diferenças são as realidades, o que acontece no Rio só se vê em cidades em guerra civil.

R7 - O que dá mais adrenalina, uma operação pelo Bope ou subir no octógono?
Paulo Thiago -
 Lutar no UFC lá é muito emocionante, mas você está preparado. É um contra um, é previsível. Na rua não é dessa forma, o bandido não joga na regra, a atenção é mais forte, se cometer erro pode ser fatal.

R7 - Vi em um combate seu que seu córner gritou “Caveira”. É por causa do símbolo da corporação, “Faca na Caveira”, como dito no filme Tropa de Elite?
Paulo Thiago -
 [risos] Não. Eles gritam vai Caveira! Esse é um dos meus apelidos no batalhão.






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