Quando chegou a Tóquio com a seleção brasileira de judô na última segunda-feira, Roberta Lima se confundia com a multidão de turistas na agitada avenida Shinju-Ku, no coração da capital japonesa. Mas a moça com a camisa azul escrita Brasil Judô estava em uma missão especial: procurar o restaurante que serviria a seleção brasileira pelos próximos dez dias e supermercados na região.
"Encontramos muito fast-food ou lugares em que ofereciam bastante carboidrato, mas faltava proteina", explica Roberta Lima, nutricionista da Confederação Brasileira de Judô desde 2003 e que integrou a delegação do Brasil nos Jogos Olímpicos de Pequim, com aclimatação em Tóquio.
Em um lugar com hábitos alimentares tão diferentes do Brasil, a preocupação com a reposição de nutrientes é constante. E, mais do que nunca devido ao forte calor (36C), a hidratação também.
Roberta está sempre por perto para tirar dúvidas dos judocas sobre o que comer. E orienta sobre a importância de beber bastante água.
Hoje, quase uma semana após a chegada, a seleção brasileira está perfeitamente adaptada à cozinha local e fez de um pequeno restaurante na Shinjuku sua casa. À mesa, sushi, sashimi, saladas, muito gohan (arroz), ovos, frango. Na dúvida, o técnico Luiz Shinohara e a meio-médio Mariana Silva, fluentes em japonês, ajudam na tradução dos pratos e no contato com os garçons.
"Não vamos mais mudar. Os atletas já conhecem o cardápio e gostam da comida. Agora é chegar na competição assim", diz Roberta.
Para os dias de competição, a nutricionista já começa a se planejar: vai elaborar lanches reforçados para os judocas que estiverem em ação no dia e já encontrou um outro restaurante, próximo ao ginásio Yoyogi para atender aos brasileiros.
Manoela Penna, de Tóquio
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