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sábado, 19 de junho de 2010

PROF. ISHII É PROMOVIDO A 9º DAN E TEM GRADUAÇÃO RECONHECIDA PELO KODOKAN


No fim da semana passada 13/06 o prof. Chiaki Ishii – o primeiro judoka brasileiro a conquistar uma medalha olímpica e mundial (bronze, nos Jogos Olímpicos de Munique’1972 e no Mundial de Ludwigshafen'1971, na Alemanha) – recebeu a confirmação da promoção para o 9º Dan.

Ishii recebeu a confirmação logo que chegou de uma viagem de pouco mais de um mês ao Japão onde, com sua esposa (Dª. Keiko), foi rever amigos e parentes. Na volta do Japão, uma parada de duas semanas em San Jose (Califórnia) onde reside sua filha Tânia, casada com o ex-campeão mundial de judô Mike Swain.
Na bagagem, Ishii já trazia outra conquista: o reconhecimento do 8º Dan pelo Instituto Kodokan (foto), hoje presidido pelo seu ‘kohai’ Haruko Uemura, campeão mundial e olímpico (Lausanne/Suíça e Montreal/Canadá): “Fiquei muito contente. Dois reconhecimentos muito importantes. Também estou feliz por saber que meu nome foi aprovado junto com o do prof. Shuhei Okano, meu técnico na época de competidor. O prof. Okano já recebeu seu 9º Dan há poucas semanas. Pena não termos recebido juntos; eu estava no Japão”, lamentou Ishii que receberá sua faixa em data a ser definida. “Fiquei muito tempo fora e tenho muita coisa para resolver. Assim que tudo estiver em ordem a data será marcada”, declarou o prof. Ishii com exclusividade (e em primeira mão) para o JudoPaulista.

PATRIARCA DE UMA FAMÍLIA DE MEDALHAS



Chiki Ishii nasceu o dia 1º de outrobro de 1941, em Ashikaga, a 80 km de Tóquio. Aprendeu judô com o pai, que era o sensei dos sete filhos (cinco homens, duas mulheres). Chiaki era o mais novo. Seu irmão mais velho fez carreira no judô e, por causa do esporte, deixou o Japão, foi morar na Europa.

“Ele sempre falava: ‘Sai do Japão, vai para os EUA’. Em 1964, nas Olimpíadas de Tóquio, o judô iria estrear. Eu tentei a vaga. Mas foram cinco, seis seletivas. Não ganhei nenhuma. Então eu sai do Japão”, conta.

Na época, só o Brasil estava aberto para os imigrantes japoneses. “Só aqui eu podia entrar. E o país tinha bastante espaço, podia virar fazendeiro”. Não virou. Seguiu no judô. Em 1969, enfrentou a colônia japonesa, que era contra sua naturalização. Virou brasileiro, o primeiro grande do judô verde-amarelo.

Foi medalhista de bronze no Mundial de Ludwigshafen, na Alemanha, em 1971, perdendo apenas para um japonês. No ano seguinte, foi bronze nas Olimpíadas de Munique, sempre entre os meio-pesados (93 kg). Parou de lutar aos 35 anos. “Quando eu percebi que não conseguia mais jogar os meus alunos, parei”, lembra.

A história de medalhas da família, porém, continuou. A mais nova, Vânia (foto), foi para duas Olimpíadas, cinco Mundiais e ainda ganhou três medalhas pan-americanas (ouro em 1999, prata em 2003, bronze em 1995). A mais velha, Tânia, foi bronze em 1983.


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