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terça-feira, 13 de abril de 2010

Para integrar praticantes, judô brasileiro prepara até Orkut de quimono

Você está no Orkut? O judô brasileiro não está. Mas em poucos meses, poderá dar uma resposta surpreendente para essa pergunta. A CBJ (Confederação Brasileira de Judô) prepara, desde o ano passado, um sistema de informações integradas para gerir o esporte no país. E a cereja do bolo é justamente uma rede social, exclusiva para atletas federados, dentro da aba da confederação. A CBJ terá seu próprio Orkut.

O nome do “brinquedinho” é Hajime. Tecnicamente, é a união de três elementos: um banco de dados, um sistema de competições e o site da CBJ. Para os leigos, é uma parafernália virtual que, no fim das contas, vai reunir todos os dados do judô nacional em um só local, de endereço de atletas a resultado de torneios.

Isso significa que, em um clique, quem tiver acesso ao banco de dados pode, quando tudo estiver funcionando, clicar em um nome, saber onde mora, por qual academia compete, qual faixa usa e seu histórico em competições. Pode-se chegar até a detalhes como quantas lutas, em toda a sua carreira, o judoca venceu por ippon, o golpe perfeito.

Até essa fase, porém, o caminho é longo. O sistema de banco de dados já está pronto e está começando a ser abastecido. O primeiro passo é cadastrar todas as federações estaduais. Depois, as federações cadastram clubes e academias. O passo seguinte é dar poder para cada academia incluir seu atleta no sistema.

“O que queremos é acabar com intermediários. Hoje, para um atleta se federar ele precisa preencher um formulário, ir até a federação. Com o novo sistema, a academia faz o cadastro online e a federação valida esse cadastro também online”, explica Flávio Vasconcelos, 28 anos, ele próprio um ex-judoca.

Quando o banco de dados estiver completo, poderá oferecer, por exemplo, a inscrição para um campeonato. “Vamos eliminar os intermediários. Cada usuário terá um login. Assim que ele acessa o sistema, pode solicitar o que quiser. Ele pode receber o aviso de que uma competição está com inscrições abertas e, em um clique, se inscrever. E não precisa completar um formulário novo para cada uma das competições, porque os dados dele já estão cadastrados”, continua Flávio.

No futuro, esse banco de dados será ligado ao sistema de competições, que ainda está em fase de desenvolvimento. Como o objetivo da CBJ é que todos os seus torneios tenham placares on-line, quando tudo estiver ligado, assim que um atleta vence ou perde uma luta, essa informação vai ser inserida em seu perfil.

Além da facilidade, o Hajime também dará a chance de interação entre os judocas, em uma rede social. Cada usuário terá seu perfil, poderá ter amigos e criar comunidades. Deixar e receber recados dos outros usuários. A troca de informações será online. “Uma rede assim já existe na Europa, mas é pouco usada”, conta o ex-judoca, responsável por toda a área de tecnologia da informação da CBJ.

Além de promover a socialização, essa rede pode trazer vantagens, tanto para a CBJ, quanto para o atleta. “No futuro, podemos fazer parcerias com as empresas e oferecer, pela rede, produtos com descontos especiais para judocas. Fazer parcerias com empresas de material esportivo, por exemplo, com condições diferenciadas para nosso universo de atletas”, completa Vasconcelos.

Hoje, o Hajime está em fase inicial. O banco de dados começou a ser abastecido. O sistema de competições fica pronto no segundo semestre e deve ser usado, em fase de testes, em competições de categorias menores em 2011. O objetivo é que, para o início do ciclo olímpico do Rio-2012, tudo esteja funcionando.


TUDO PRONTO PARA O CICLO DO RIO-2012

Quando tudo estiver pronto, o site da CBJ, uma das pontas do processo, deve disponibilizar boa parte das informações para o internauta comum. Ficha e histórico dos atletas em competições, por exemplo, ou o placar online dos torneios. O acesso completo será restrito aos cadastrados, como atletas, técnicos, dirigentes.

Hoje, o Hajime está em fase inicial. O banco de dados começou a ser abastecido. O sistema de competições fica pronto no segundo semestre e deve ser usado, em fase de testes, em competições de categorias menores em 2011. O objetivo é que, para o início do ciclo olímpico do Rio-2012, tudo esteja funcionando.

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