sábado, 29 de maio de 2010
Brasil conquista seis medalhas no primeiro dia da Copa do Mundo
No primeiro dia de disputa da Copa do Mundo de Judô de São Paulo, realizada neste sábado no ginásio da Hebraica, o Brasil faturou seis medalhas, sendo duas de ouro, uma de prata e três bronzes. As medalhas de ouro foram conquistadas por Sarah Menezes (-48kg) e Bruno Mendonça (-73kg). A prata ficou com Taciana Lima (-48kg) e os bronzes com Felipe Kitadai (-60kg), Felipe Phelim (-60kg) e Luiz Revite (-66kg). A Copa do Mundo de São Paulo continua neste domingo, a partir das 9h30min.
Serão disputadas as categorias -70kg, -78kg, +78kg, -81kg, -90kg, -100kg e +100kg. A Copa do Mundo de São Paulo conta pontos para o ranking mundial e olímpico da Federação Internacional de Judô. Neste ano o evento bateu todos os recordes e se transformou na maior Copa do Mundo já realizada no Brasil. São 319 judocas de 37 países em ação. A medalha de ouro vale 100 pontos na lista, a prata 60 e o bronze 40. Cerca de 4 mil pessoas lotaram o ginásio da Hebraica e empurraram os brasileiros na competição.
O primeiro ouro brasileiro neste sábado veio numa final verde-amarela. Numa reedição da final da Copa do Mundo de Belo Horizonte 2009, Sarah Menezes superou Taciana Lima por ippon. A judoca, duas vezes campeã mundial sub-20, ressaltou a importância de uma dobradinha brazuca no pódio.
"Levar mais de uma atleta para o pódio é sempre especial para qualquer país, principalmente numa competição em casa. Sempre entro para lutar com muita raça e determinação. Serão pontos fundamentais para seguir entre as judocas mais bem colocadas no ranking mundial, principalmente agora que começou também a classificação olímpica", diz Sarah Menezes, que antes da final bateu por ippon a medalhista olímpica Paula Pareto, da Argentina.
Na categoria leve, Bruno Mendonça faturou seu primeiro título numa copa do mundo. Revelado em Santos, o judoca após a conquista recebeu os parabéns do campeão olímpico Rogério Sampaio.
"O Rogério é o mestre, tenho muito o que aprender com ele. Luto numa categoria que por anos foi dominada com excelência pelo Leandro Guilheiro e estou fazendo minha parte, evoluindo e buscando meu espaço. Estou muito feliz com o resultado", afirma Bruno Mendonça, que na final bateu o russo Mansur Isaev, quarto colocado no ranking mundial. A arbitragem eliminou o russo por golpe inválido.
Ter sido superada por uma brasileira na final da categoria ligeiro não fez Taciana Lima ficar menos triste. Para a judoca, o importante é seguir buscando medalhas.
"Uma final brasileira é sempre especial, mas, mesmo tendo conquistado a prata, fica o gostinho da derrota. Acho que fiz uma boa competição e agora é seguir trabalhando visando outras medalhas", diz Taciana.
Os bronzes conquistados pelo Brasil foram literalmente chorados. Felipe Kitadai, Felipe Phelim e Luiz Revite caíram em lagrimas com a medalha. Cada um tinha um motivo especial
"Venho há tempos batendo na trave em grandes eventos e, finalmente, a medalha veio. Nunca tinha sentido algo como o que senti hoje, de vencer diante da torcida brasileira, na minha cidade, com meus familiares. É muito importante para a categoria ligeiro esses pontos", disse, muito emocionado, Felipe Kitadai, que superou na disputa de bronze o finlandês Valtteri Jokinen por ippon.
"Nessa hora passa um filme na cabeça, de todos os treinos e momentos difíceis que passamos. Mas é um choro delicioso, quero chorar assim muitas vezes", continuou Luiz Revite. Na disputa de bronze, Revite bateu o experiente Leandro Cunha, também do Brasil, por ippon.
Felipe Phelim destacou a força da nova geração do judô brasileiro
"O nosso judô produz muitos judocas todo o tempo. Tem muita gente da nova geração que tem capacidade de conquistar grandes resultados. Dei o melhor de mim na Copa do Mundo e sei que ainda é preciso trabalhar muito. Mas com o apoio que recebemos atualmente é possível sonhar alto", conta Felipe.
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