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terça-feira, 25 de maio de 2010

Gracie elogia projeto que torna jiu-jitsu patrimônio imaterial do Rio

Do G1 RJ
Esporte deveria ser disputado nas Olimpíadas', defende Rolker Gracie.
Projeto de lei foi aprovado pela Alerj e vai para sanção do governador.


Da família dos precursores do jiu-jitsu do país, o mestre da arte marcial Rolker Gracie aplaudiu o projeto de lei aprovado pela Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro(Alerj), que declara a luta marcial patrimônio imaterial do Rio de Janeiro - a lei depende de sanção do governador Sérgio Cabral para entrar em vigor. Para o campeão carioca, o esporte merecia ser mais reconhecido nacionalmente.

O carioca Rolker, que é da quarta geração de lutadores do clã que descende do patriarca Hélio Gracie, chama atenção para fato de que o jiu-jitsu é muito mais reconhecido e respeitado internacionalmente do que no Brasil.

" Esse projeto de lei é o ideal, já passou da hora de esse esporte ser reconhecido na cidade do Rio de Janeiro. Talvez, com essa lei, uma nova era esteja começando", declara o lutador. Para ele, a arte marcial deveria ser transformada em esporte olímpico.

" Se o jiu-jitsu fosse representado nas Olimpíadas, o Brasil seria medalha de ouro", acredita.

Professor de jiu-jitsu há 14 anos, Vinícius Aieta acredita que a lei, se sancionada pelo governador, pode mudar a maneira como o esporte é visto. "É uma coroação para os praticantes de jiu-jitsu. É um esporte mais reconhecido do que o judô, merece mais notoriedade", defende Aieta.

Vinícius também diz que a luta é mais do que uma simples atividade física. " Não é somente uma arte marcial, é uma filosofia de vida", conclui.

Outro praticante do esporte, Paulo César Basile diz que o projeto de lei foi aprovado na hora certa porque o jiu-jitsu se afastou das suas origens pacíficas e foi confundido com uma luta violenta, o que não é o caso." Com o desenvolvimento e crescimento do esporte, o jiu-jitsu perdeu aos poucos a origem. Nada mais justo de se tornar patrimônio imaterial do estado".

Jiu-jitsu brasileiro





De acordo com Rolker Gracie, a arte marcial japonesa foi adaptada para as técnicas brasileiras. Assim, segundo ele, o jiu-jitsu tem uma característica menos violenta e mais filosófica. "Não podemos perder a origem, o jiu-jitsu internacional é diferente do nacional. A nossa luta adaptada engrandece a arte marcial", conclui.
Segundo o site da Confederação Brasileira de Jiu-jitsu (CBJJ), a arte marcial era praticada por monges budistas na Índia. Os monges desenvolveram uma técnica baseada nos princípios do equilíbrio, do sistema de articulação do corpo e das alavancas, evitando o uso da força e de armas. Com a expansão do budismo, o jiu-jitsu percorreu o Sudeste asiático, a China e chegou ao Japão, onde desenvolveu-se e popularizou-se.
A partir do final do século XIX, um dos mestres do jiu-jitsu, Esai Maeda Koma, conhecido como Conde Koma, migrou do Japão para outros continentes. Depois de viajar com sua trupe lutando em vários países da Europa e das Américas, chegou ao Brasil em 1915 e se fixou em Belém do Pará, no ano seguinte, onde conheceu Gastão Gracie. Gastão tornou-se um entusiasta do jiu-jitsu e levou o filho mais velho, Carlos, para aprender a luta com o japonês.
Em 1925, Carlos abriu no Rio de Janeiro a primeira Academia Gracie de jiu-jitsu. Desde então, o lutador passou a transmitir seus conhecimentos aos irmãos, um deles, Hélio Gracie. Anos depois, a arte marcial japonesa passou a ser denominada de jiu-jitsu brasileiro, sendo exportada para o mundo todo, através dos filhos de Hélio, Rolker e Roycer Gracie.

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