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terça-feira, 25 de maio de 2010

João Derly corre contra o tempo

João Derly corre contra o tempo, mas deve ficar fora do Mundial de judô
Após sofrer grave lesão e ter que operar o joelho direito no início do ano, bicampeão espera retornar aos tatames em setembro, mês da competição


Recuperando-se de uma grave lesão no joelho direito, sofrida durante a seletiva para a formação da seleção brasileira, no fim do ano passado, o bicampeão mundial de judô João Derly está empenhado em voltar aos tatames. O atleta, que fez uma cirurgia para corrigir o rompimento no ligamento cruzado anterior e no menisco em meados de janeiro, acredita que poderá retornar às competições em setembro. O difícil, porém, será conseguir uma vaga na equipe que vai disputar o Mundial do Japão, que começa no dia 8 do mesmo mês.

Apesar de cada país ter direito a, neste ano, levar dois judocas por categoria, Derly deve ter dificuldade para voltar a tempo de integrar a seleção brasileira, já que a equipe se reunirá uma semana antes do Mundial para fazer aclimatação. E ele prefere não se apressar.

- Eu fiz a cirurgia em janeiro e agora tenho que ter cuidado para não agravar. Acredito que devo voltar a competir em setembro - comentou.

Enquanto Derly se recupera da lesão, os demais judocas começaram, no início de maio, no Grand Prix da Tunísia, a corrida por uma vaga nos Jogos Olímpicos de Londres-2012. O brasileiro, no entanto, não perde o sono por começar atrasado na briga e prefere, agora, voltar todas as suas atenções para o retorno às competições.

- No momento, meu foco é a recuperação. Nem estou pensando em ranking atualmente. Só quero voltar bem para às competições. Sei que é ruim estar perdendo os torneios, mas, quando eu estiver recuperado, vou me focar em garantir a vaga nas Olimpíadas.

Enquanto não pode entrar nos tatames, o atleta mata a saudade das competições nas arquibancadas. No fim de semana, Derly acompanhou ao Grand Slam do Rio, no Maracanãzinho, e gostou da atuação dos companheiros no torneio.

- A qualidade dos judocas foi muito alta, então a dificuldade aumentou. Mas acho que o Brasil está no caminho certo. Acho que só tem que mudar mais algumas coisas para chegar bem no Mundial.
Com uma medalha de ouro, outra de prata e mais quatro de bronze, a equipe brasileira terminou o Grand Slam na terceira colocação no quadro de medalhas, sendo superada apenas pela Rússia (um ouro, duas pratas e dois bronzes) e pelo Japão (oito ouros, duas pratas e três bronzes).


Por Lucas LoosRio de Janeiro

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