Vista Alegre estava em festa no domingo. Foi no bairro da Zona Norte que cresceu Hugo Pessanha, único brasileiro a conquistar o ouro no Grand Slam do Rio de Judô, anteontem, no Maracanãzinho. No primeiro dia após o título, o judoca valorizou as origens e lembrou da importância dos pais, Luiz Henrique e Antônia Valdete, na formação.
— Sempre gostei da rua. Andava de bicicleta, rodava pião... Mas minha mãe dizia que a rua não trazia boas amizades e me colocou no judô — disse Hugo, que fez questão de mencionar o primeiro treinador. — Foi na academia do professor Ruffato. Era quatro vezes menor do que a área de lutas do Minas Tênis (seu atual clube). No início, só queria brincar. Mas meu pai me puxou num canto e me chamou a atenção.
Seu Luiz é mencionado durante toda a conversa. Ele acompanhou o filho quando este se transferiu para o Olaria, e quando, aos 15 anos, passou a fazer parte da equipe da Universidade Gama Filho. Dentro do Brasil, assistiu a todas as competições das quais Hugo participou. No fim de semana, deve ir a São Paulo assistir ao filho na etapa brasileira da Copa do Mundo.
— No domingo, quando o Hugo apontou o dedo para a arquibancada, era com o pai que ele estava comemorando — contou Dona Antônia.
Hoje, Hugo está mais distante de Vista Alegre. Desde 2008, treina no Minas, clube ao qual é só elogios. Ele só lamenta o desfecho de sua história na Gama Filho — a equipe foi desintegrada por falta de recursos.
— Éramos um grupo muito bom, mas ninguém deu valor. Foi muito triste.
Materia O Globo Extra Online:
Um comentário:
Parabéns Hugóóóóóóó...
Você é campeão no Tatame e fora dele....
Tenho orgulho de ser seu amigo....
Você é mais que merecedor desse título...
Um grande abraço...
Indio Rio
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